Um grupo com mais de 20 indígenas partiu no dia 29 de setembro da comunidade indígena Pedreira, localizada a cerca de 460 km de Guajará-Mirim (RO), rumo à aldeia Santo André e chegou apenas neste sábado (5), após seis dias de viagem. Durante o trajeto, o grupo arrastou a embarcação por conta da seca estrema de castiga a amazônia.
“Seria muito mais fácil se uma das comunidades, como Pedreira ou Cristo Rei, tivesse uma urna. Saímos daqui e levamos dias para chegar até onde há a urna mais próxima”, contou Weliton Cabixi ao G1. Ele destaca o risco envolvido na travessia em um rio que se torna cada vez mais perigoso.
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Por outro lado, muitos moradores não têm embarcações ou recursos para fazer a viagem. Adriano Cabixi, por exemplo, não votará este ano por causa da seca, assim como pelo menos outros 20 eleitores de Pedreira. “A força de vontade de participar da eleição é grande, mas o problema é a embarcação”, relata um indígena em vídeo sobre as dificuldades enfrentadas.
Diante dessa situação, o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia montou uma força-tarefa para o transporte antecipado das urnas. De acordo com o TRE-RO, “todos os locais e seções eleitorais funcionarão independente das circunstâncias”, embora ainda não tenha se pronunciado sobre a situação específica dos moradores de Pedreira.