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Operação nacional descobre que facção mandou R$ 126 milhões para Manaus, mas “Mano Caio” consegue fugir

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Uma operação nacional que ainda está em andamento detectou que a facção Comando Vermelho enviou R$ 126 milhões a Manaus para fortalecer seu braço local e comprar armas. Também descobriu que os comandantes do tráfico em 11 Estados estavam escondidos em favelas do Rio de Janeiro. O traficante Kaio Wuellington Cardoso dos Santos, o “Mano Kaio”, que hoje é o comandante do grupo criminoso no Amazonas teria sido o mandante dos ataques ocorridos em vários municípios no último dia 6, conseguiu fugir do imóvel aonde morava na favela Vila Cruzeiro, na capital carioca.

Três pessoas morreram durante operação das polícias civis do Rio de Janeiro, do Pará e do Amazonas para tentar prender um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho mandante dos ataques em Manaus, no Amazonas. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil do Rio. Entre os mortos está um adolescente de 16 anos que foi atingido dentro de casa.

Marcelo Silva, conhecido como ‘Jogador’ e apontado como um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho no Amazonas, foi preso no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, durante a ação.

Segundo a polícia, Mano Kaio, que seria o mandante dos ataques, também está escondido na comunidade. Além do Rio, a operação acontece em São Paulo e também no Amazonas.

Ao todo, 200 homens da Polícia Civil e 400 da Polícia Militar participam da operação. Agentes do Pará e do Amazonas também compõem a força-tarefa.

Os investigados são suspeitos de enviar mais de R$ 126 milhões para fortalecer facção criminosa no Amazonas e comprar armas e drogas. Durante a investigação, a polícia ainda identificou que a estrutura de lavagem de dinheiro também favorecia criminosos da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Entre os presos no Rio de Janeiro, 2 são do Amazonas e 4 são do Pará. A polícia investiga se chefes de facções de outros estados também se esconderam no complexo da Penha.

O Amazonas viveu uma onda de violência entre 6 e 8 de junho. Ônibus, delegacias, viaturas policiais, ambulâncias, prédios públicos e agências bancárias foram incendiadas e alvo de tiros. A série de ataques aconteceu após a morte de um traficante em ação da polícia local.

Outras nove cidades também foram alvo de ataques. Houve reflexos no comércio e nas aulas em colégios públicos e particulares e até a vacinação contra a Covid foi suspensa.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, 74 pessoas foram presas e 2 adolescentes apreendidos desde o início dos ataques. Tropas da Força Nacional, com 144 homens, chegaram ao estado par

Agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro visam cumprir 18 mandados de prisão temporária e 35 mandados de busca e apreensão nos três estados.

As investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro identificaram uma forte ligação entre o grupo criminoso do estado e seu braço no Amazonas, autointitulado “Comando Vermelho do Amazonas” (CVAM).Os membros dos grupos criminosos se valiam do sistema bancário e de empresas de fachada para a remessa de valores do Rio de Janeiro para o Amazonas, conforme a investigação. Em um ano e meio os valores arrecadados pela quadrilha teria superado R$ 126 milhões, segundo a Polícia Civil do Rio.

A quantia era usada para o fortalecimento da facção no Estado do Amazonas, para a aquisição de armas e drogas para o grupo criminoso do Rio de Janeiro. A pedido dos investigadores, a Justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de R$ 126.984.934,67 em contas bancárias dos suspeitos e de empresas supostamente envolvidas com as facções.

O objetivo da organização criminosa amazonense, detalham investigadores do RJ, era controlar territorialmente uma das principais rotas de tráfico da América Latina: a Tríplice Fronteira Amazônica, formada pelas cidades de Tabatinga-Brasil, Santa Rosa-Peru e Letícia-Colômbia.

*Com informações do G1

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