O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) resolveu devolver à Polícia Civil o inquérito da Operação Integração, que envolve a influenciadora Deolane Bezerra. O órgão solicitou novas investigações e a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares, como o uso de tornozeleiras eletrônicas.
Com essa medida, existe a possibilidade de libertação de Deolane, da mãe dela, Solange Bezerra, e do empresário Darwin Henrique da Silva Filho, além de outros envolvidos na operação. As informações são do portal IG.
Apesar da análise sobre a revogação das prisões, o MPPE ressaltou que as investigações vão continuar e que irá manter algumas medidas cautelares que estabeleceu previamente.
“Atualmente, Deolane Bezerra permanece presa na Colônia Penal de Buíque, depois de violar medidas cautelares”, diz um trecho do documento. “A influenciadora, que foi presa no início de setembro, já havia sido liberada brevemente para prisão domiciliar, mas voltou à detenção após conceder entrevistas em que alegou estar sendo alvo de censura”.
Posição da defesa de Deolane Bezerra
Ainda de acordo com o IG, a defesa de Deolane alegou que a influenciadora foi pressionada pela imprensa e que suas declarações não foram direcionadas a ninguém em particular.
No entanto, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, ao negar o pedido de habeas corpus, destacou que Deolane descumpriu ordens judiciais ao se pronunciar sobre o caso na mídia e redes sociais, além de tentar mobilizar a opinião pública contra a investigação.
Deolane está em presídio superlotado
A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra está presa na Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada no agreste de Pernambuco, a 280 km do Recife.
A unidade prisional, que tem capacidade para abrigar 107 detentas, está operando muito acima de sua capacidade, com 228 mulheres encarceradas, incluindo quatro grávidas. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Devido à repercussão do caso, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco tomou a decisão de manter Deolane em uma cela separada “para resguardar a sua integridade física”.