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Moraes usou TSE contra bolsonaristas que xingaram ministros em Nova York, diz Folha

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A Folha de S. Paulo divulgou nesta terça (20) uma nova reportagem onde afirma que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitou ao setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a produção de relatórios com informações de manifestantes que xingaram ministros da corte durante o Lide Brazil Conference, realizado em Nova York (EUA) em novembro de 2022.

Segundo a matéria, os pedidos informais foram feitos, a mando de Moraes –que presidia a Corte Eleitoral à época–, pelo juiz auxiliar do gabinete da presidência do TSE, Marco Antônio Vargas, e pelo juiz instrutor do Supremo Airton Vieira ao então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), Eduardo Tagliaferro.

Um relatório indicou que mensagens anônimas continham “conteúdo ameaçador a pessoa do Ilustre Ministro Alexandre de Moraes”.

Ainda de acordo com a Folha, esses relatórios e pedidos não deveriam ser feito de forma informal pelo aplicativo WhatsApp, mas sim por meio de ofícios formais entre STF e TSE. Especialistas divergem sobre a legalidade das ações.

Em 14/11, Vieira pediu a Tagliaferro um relatório e ofício “rapidinho” para bloquear a conta do empresário Alessandro Lucio Boneares, que fazia uma transmissão ao vivo em Nova York. Tagliaferro enviou dados de Boneares. Outro pedido foi feito a partir de duas postagens do cantor gospel Davi Sacer. Ele retuitou postagens que teriam incentivado manifestantes contra os ministros. Segundo Vieira, o pedido relativo ao cantor teria partido de Moraes.

O ‘Lide Brazil Conference’ aconteceu em 14 e 15 de novembro de 2022 e reuniu ministros do STF, do TSE, do TCU (Tribunal de Contas da União), além de autoridades monetárias, representantes de entidades de classe, gestores públicos e privados e mais de 260 empresários. O evento também contou com a presença do ex-presidente da República Michel Temer (2016-2019).

Pouco dias antes do evento, postagens nas redes sociais circulavam convocando pessoas para manifestações no local.

Fonte: Folha de S. Paulo

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