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González não vai a sessão no ‘STF’ da Venezuela: ‘Minha liberdade está em risco’

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Corte chamou o opositor de Maduro para revisar o processo eleitoral

O ex-diplomata Edmundo González, opositor do ditador Nicolás Maduro, informou, nesta quarta-feira, 7, que não vai comparecer a uma sessão convocada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

A Câmara Eleitoral do TSJ havia convocado uma audiência na manhã de hoje, com objetivo revisar o processo que reelegeu Maduro.

De acordo com González, o procedimento do TSJ é irregular, fere as regras estabelecidas para a disputa eleitoral e que sua segurança pessoal estaria em risco, caso comparecesse ao local.

“Se eu fosse perante o tribunal, o faria em uma situação de absoluta indefesa, porque o trâmite adiantado pela Câmara Eleitoral, tal como foi anunciado pelos meios de comunicação, não corresponde com nenhum procedimento legal contemplado na Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou outra lei sobre a jurisdição eleitoral”, escreveu González, em uma carta aberta.

Atas mostram vitória de Edmundo González

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O candidato da oposição à Presidência, Edmundo Gonzáles (à esq), e sua madrinha política, María Corina Machado (à dir), durante a assinatura do compromisso com o povo Venezuelano – 25/07/2024 | Foto: Divulgação/Comando Con Vzla y José Altuve

Em um comunicado publicado no início da semana, González proclamou-se presidente eleito do país.

A mensagem veio pouco mais de uma semana depois da disputa contra Maduro, na qual, segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o ditador teve 51% dos votos, contra 44% de González. Atas obtidas pela oposição, contudo, mostram um resultado divergente: 67% para o oposicionista e 30% para o chavista. A agência de notícias AFP e o Centro Carter avalizaram o resultado em prol do ex-diplomata.

“Agora, cabe a todos nós respeitar a voz do povo”, disse González, em um comunicado. “Fizemos a nossa parte. Realizamos a mais formidável mobilização cívica para que a vitória eleitoral fosse inquestionável. É um triunfo obtido com enorme energia e firmeza.”

Conforme González, a oposição obteve 67% dos votos, enquanto Maduro ficou com 30%. “Essa é a expressão da vontade popular”, constatou o oposicionista. “Vencemos em todos os Estados do país e em quase todos os municípios. Todos os cidadãos são testemunhas desta realidade, incluindo os membros do Plano República.”

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