O presidente Lula afirmou, nesta terça-feira, 2, que seu antecessor Jair Bolsonaro “não volta mais” ao cargo que ocupou.
“Esse povo vai ter que aprender a gostar da democracia, terá que aprender a conviver de forma civilizada e educada, um respeitar o outro”, disse, em entrevista à rádio baiana Sociedade.
Bolsonaro está inelegível até 2030, em virtude de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, durante as eleições 2022. Pesam ainda contra o ex-presidente inquéritos no Supremo Tribunal Federal que tratam das joias sauditas, suposta fraude na carteirinha de vacinação e o que seria uma tentativa de golpe de Estado. Caso ele seja condenado em algum desses casos, terá os direitos políticos cassados.
Na semana passada, Lula prometeu que não vetaria uma possível reversão da condição de Bolsonaro na Justiça Eleitoral. “Não veto candidato adversário”, observou. “Se eu derrotei ele [sic] quando era oposição e ele situação, imagina agora. Vou mostrar para ele que quem está na Presidência só perde a eleição se for incompetente.”
Apesar de fala de Lula, Bolsonaro acredita em reviravolta
Pessoas no entorno do ex-presidente dizem que Bolsonaro vê uma possível reviravolta de sua situação no Tribunal Superior Eleitoral, sobretudo depois da mudança de composição da Corte.
Em 2026, o tribunal será presidido pelo ministro Nunes Marques, tendo ainda na composição do tribunal André Mendonça.
Além disso, a corregedoria-geral tem mais chances de permanecer com um perfil mais técnico, assim como tem ocorrido com Raul Araújo.