A CPI da Covid-19 recebeu um documento que aponta que o Ministério da Saúde tomou conhecimento da situação de baixo estoque de oxigênio, há cerca de um mês do colapso que levou amazonenses à morte por asfixia.
Os detalhes do relatório mostram que o ainda no dia 18 de dezembro, o Governo Federal recebeu as primeiras notificações sobre a situação e a solicitação de mais de 130 respiradores para os hospitais do estado.
No dia 2 de janeiro de 2021, mais 78 foram pedidos com urgência. Dois dias depois, uma equipe do Governo chegou a Manaus para fazer um diagnóstico situacional. Nesse momento, já faltavam suprimentos e balas de oxigênio nas principais UPAs e SPAs.
No dia 14, o colapso estourou e mortes em série começaram a ser registradas nos hospitais.Em depoimento à CPI, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirma que só soube dos problemas no dia 10 de janeiro.
Segundo o site Uol, Mayra Pinheiro, por sua vez, diz ter tomado conhecimento do caso no dia 8 de janeiro. Para a comitiva da CPI, o documento deixa claro que o Governo Federal soube com bastante antecedência, sobre a iminência do colapso no sistema de Saúde do Amazonas, mesmo assim não fez nada para evitar.