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Argentina vai avaliar pedidos de refúgio de brasileiros investigados pelo 8 de janeiro

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No caso dos pedidos de extradição, a decisão final será do presidente Javier Milei

Na segunda-feira, 10, o porta-voz da Argentina, Manuel Adorni, anunciou que o país examinará individualmente os pedidos de refúgio de brasileiros investigados pelo 8 de janeiro. A decisão dependerá de critérios legais e de “factibilidade”.

Adorni ressaltou que não é possível antecipar decisões e que a Argentina fornecerá informações solicitadas pelo Brasil conforme a lei. Estima-se que cerca de 100 brasileiros tenham buscado refúgio no país vizinho, segundo membros do governo Lula.

Esses processos podem atrasar os pedidos de extradição dos brasileiros foragidos, uma vez que a tramitação dos pedidos de refúgio suspende temporariamente as solicitações. “É preciso ver se cumprem os requisitos ou não”, disse Adorni. Não podemos antecipar nenhuma decisão”.Play Video

A Polícia Federal está listando os brasileiros que possuem mandados de prisão e estão na Argentina. Depois do levantamento, a lista de nomes será enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os pedidos de extradição sejam feitos.

Na Argentina, decisão final sobre extradições depende de Milei

Javier Milei presidente da Argentina
Governo Lula teme que acusados não serão extraditados por causa da relação de Milei com Bolsonaro | Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, encaminhará a documentação relativa ao pedido ao Ministério da Justiça. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) irá analisar os documentos antes de enviá-los ao Ministério de Relações Exteriores.

O Itamaraty, por sua vez, remeterá o caso ao órgão homólogo ao DRCI na Argentina. No país vizinho, um juiz de primeiro grau analisará o caso, e a decisão final sobre a extradição será do presidente Javier Milei.

Este é um dos fatores que geram pessimismo em integrantes do governo Lula quanto aos eventuais pedidos de extradição. A aliança de Milei com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vista como um complicador adicional para a entrega dos foragidos.

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