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Enchentes no RS: estado já confirmou 19 casos de leptospirose após chuvas

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Outras 304 ocorrências não confirmadas foram registradas nas últimas semanas

O governo do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira, a primeira morte por leptospirose após o início das chuvas que atingem o estado desde o fim de abril. Eldo Gross, de 67 anos, era da cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari. Segundo a Secretaria da Saúde, o estado já registrou 19 casos confirmados de leptospirose nas últimas semanas.

A causa da morte do idoso foi confirmada por avaliação do Laboratório Central do Estado (Lacen). Somente na cidade de Travesseiro, são três casos de leptospirose já constatados — um pai e duas filhas, moradores da Linha Cairu. O estado de saúde dos três é estável. O homem está internado no Hospital Marques de Souza e as filhas são acompanhadas pela atenção primária.

Os 19 casos confirmados e a morte de Eldo Gross, no entanto, não são os primeiros deste ano. Conforme explica o Governo do Rio Grande do Sul, a leptospirose é considerada uma doência endêmica, ou seja, tem circulação sistemática no ambiente. Assim, as chuvas e alagamentos aumentaram a chance de infecção.

Antes dos temporais, o estado já havia registrado, somente em 2024, 129 casos e seis mortes por leptospirose. Em 2023, foram 477 casos e 25 mortes.

Em Travesseiro, para atuar na contenção dos casos na cidade, que tem pouco mais de 2 mil habitantes, a prefeitura de Travesseiro pediu à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul auxílio com medicação profilática para tratamento de leptospirose.

O pedido, feito na semana passada, ainda não foi atendido, em parte pela dificuldade de chegada na cidade — as principais vias de acesso foram tomadas pela cheia do Rio Forqueta.

Quais são os sintomas da leptospirose?

Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (principalmente na panturrilha), e calafrios. A Secretaria da Saúde reforça ser imprescindível buscar ajuda médica assim que os sintomas surgirem. Eles aparecem, em geral, de cinco a 14 dias após a contaminação.

Devido às enchentes, os casos suspeitos de pessoas que tenham tido contato com alagamentos devem ser tratados com medicação imediata. A partir do sétimo dia do início dos sintomas, as unidades de saúde devem coletar amostras para serem examinadas no Lacen. A automedicação não é recomendada.

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