O governador Wilson Lima destacou, nesta segunda-feira (20/05), a importância do “Alta Oportuna”, lançado em abril deste ano pelo Governo do Amazonas. O programa consiste em entregar aos pais ou responsáveis de crianças, que recebem alta hospitalar, um kit das medicações necessárias para continuar o tratamento em casa. Mais de 300 crianças já receberam a liberação hospitalar responsável em unidades da rede estadual de saúde.
O programa integra o plano de ações lançado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para minimizar o impacto na rede pública do período sazonal de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que ocorre no chamado ‘inverno amazônico’.
“Montamos uma estratégia para que os leitos pudessem rodar com uma maior velocidade. Então, a mãe já sai com a receita e com os medicamentos para que possa fazer o atendimento a essa criança, sem precisar ir a uma unidade básica de saúde em busca de medicação, pois às vezes essas mães não têm condições de comprar esse remédio”,
Por meio do ‘Alta Oportuna’, além do kit com os medicamentos, as crianças saem também já com consulta pré-agendada para acompanhamento nos Centros de Atenção Integral à Criança (CAICs) ou Unidades Básicas de Saúde (UBS). Com esse sistema, abrem mais leitos para crianças com casos mais graves.
A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, destaca que o ‘Alta Oportuna’ será apresentado ao Ministério da Saúde em razão da metodologia adotada. “A SES-AM vai apresentar o programa ao Ministério da Saúde porque foi uma metodologia importante para o Amazonas, e que possibilitou que cada pronto-socorro conseguisse atender, por dia, mais de 700 crianças, e que as mães que precisavam internar pela gravidade da situação, tinham garantia de continuidade de tratamento porque o Estado adotou a metodologia da dispensação de medicamento”, pontuou.
Tratamento em casa
No momento da alta, os pais ou responsáveis recebem orientação quanto à importância de dar continuidade ao tratamento em casa, conforme as práticas hospitalares pactuadas na Rede de Atenção Básica à Saúde (RAS), para que a criança não precise voltar a ser internada.
De acordo com a secretária, seguindo os protocolos do programa, a decisão para alta hospitalar deve ser definida pelo médico responsável pelo paciente. O planejamento de alta hospitalar deverá ser iniciado entre as 24h e 48h de internação, com a participação multidisciplinar dos profissionais de saúde envolvidos. Antes da alta, a criança deve passar por uma avaliação médica completa criteriosa, para garantir que esteja estável o suficiente para receber alta e que todas as questões médicas tenham sido abordadas.
Conforme a nota técnica do Alta Oportuna, o programa está sendo adotado por profissionais pediatras que atuam nos três Hospitais e Prontos-Socorros Infantis (HPSC), no Instituto da Criança do Amazonas (Icam), nos nove Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), na UPA José Rodrigues, nos oito CAICs, além das UBSs da capital.
Atendimento para casos leves
– Nas Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura.
– Em quatro CAICs:
CAIC José Carlos Mestrinho, na rua Sete de Abril, 12, bairro Alvorada;
CAIC Dr. José Contente, no Centro de Convivência Padre Pedro Vignolia, na rua Tupinambá, 119, bairro Cidade Nova;
CAIC Dr. Moura Tapajóz, no Cetam Galileia, na avenida Marginal Esquerda, 28, bairro Cidade Nova;
CAIC Dr. Gilson Moreira, com atendimento no CAIC+ Especialidades Maria Helena, na avenida Cristã, 690, bairro Colônia Terra Nova.
Atendimento para casos graves
A rede estadual de saúde conta com três Hospitais e Prontos-Socorros da Criança (HPSC), em Manaus:
HPSC da Zona Sul, na Avenida Codajás, bairro Cachoeirinha;
HPSC da Zona Oeste, na Avenida Brasil, bairro Compensa;
HPSC da Zona Leste, “Joãozinho”, na Alameda Cosme Ferreira, s/n, bairro São José I.
Fotos: Diego Peres / Arthur Castro / Secom e Jeany Costa / SES-AM