Embora afirme não se preocupar com pesquisas eleitorais, o prefeito de Manaus e pré-candidato a reeleição, David Almeida, por meio de seu partido Avante, entrou com uma série de ações na Justiça Eleitoral contra todos os institutos que fizeram pesquisas eleitorais em 2024.

Desde os nacionais como o Paraná Pesquisas e CNN/Atlas, até os locais, como a Direto ao Ponto e Pontual. Os processos alcançaram até uma pesquisa eleitoral que sequer foi divulgada ainda, produzida por Edmilson Araujo Silva, do Instituto EAS.

Na ação, o partido de David Almeida quer ter acesso ao sistema interno de coleta de dados dos institutos de pesquisa para confrontar e conferir as informações publicados. Em todos os processos, a justiça eleitoral garantiu o direito ao Avante de acessar os dados.

Em março deste ano, David Almeida já tinha mobilizado o Avante para acessar dados da pesquisa publicada pelo Instituto Pontual, em que o chefe do executivo liderava o índice de rejeição com 20%.

Com exceção da Paraná Pesquisas e Direto ao Ponto, o chefe do executivo municipal aparece em segundo lugar nas demais pesquisas, logo atrás do deputado federal Amom Mandel (Cidadania). Conforme levantado pelo Radar, essas pesquisas eleitorais também mostraram que David Almeida apresentou um crescimento no índice de rejeição, saltando de 20% para 43% no período entre março a maio de 2024.

Quem representa o partido

Os advogados que atuam no processo contra todos os institutos de pesquisa que fizeram pesquisas sobre as eleições municipais de 2024 são do escritório Borghi, Kalil e Kotsifas, o mesmo escritório envolvido na contratação de um laudo pericial privado – da Smart Perícias – sobre o vídeo em que o motorista do Portal “O Abutre” recebe uma sacola de dinheiro dentro da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom).

Um dos fundadores do escritório é o advogado Alexis Eustatios Garbelini Kotsifas, que tem cargo comissionado na Prefeitura de Manaus na função de “representante” do executivo municipal em Brasília e ganha o salário líquido de R$ 14 mil.

Em um caso recente, o escritório também representou David Almeida em um processo contra o deputado estadual Wilker Barreto (Movimenta), mas por um erro do advogado Vitor Borghi – que também é fundador do Borghi, Kalil e Kotsifas – a ação foi arquivada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

*Com informações radaramazonico