O secretário de Estado da Fazenda, Alex Del Giglio, apresentou ontem aos deputados estaduais, em reunião virtual, o Relatório de Gestão Fiscal do Amazonas do primeiro quadrimestre de 2021, apontando que o Amazonas conseguiu aumentar a Receita Corrente Líquida em 13% no período. Neste ano foram arrecadados R$ 7,356 bilhões até abril, R$ 826 milhões a mais que no ano passado, quando a receita foi de R$ 6,530 bilhões.
Segundo Del Giglio, o bom desempenho da arrecadação tributária do estado é resultado, sobretudo, do fortalecimento da gestão fiscal e da promoção de ajustes tributários sem aumento de carga para o contribuinte, além de fatores externos da conjuntura econômica, como o bom desempenho da indústria.
“A arrecadação foi ascendente nesse 1º quadrimestre e temos uma perspectiva de fechar o 1º semestre com um crescimento nominal da receita tributária da ordem de 20%. O principal setor que impulsionou o resultado foi o industrial. O setor comercial e de serviços estão se recuperando gradativamente”, comentou o secretário.
Ainda de acordo com o relatório, a porcentagem da dívida consolidada do estado diante da Receita Corrente Líquida reduziu drasticamente, caindo de 45,8%, até o primeiro quadrimestre de 2020, e chegando ao patamar de 38,8%, no mesmo período em 2021. Em números absolutos, a dívida de R$ 6,814 bilhões até abril de 2020 reduziu para R$ 6,616 bilhões em 2021.
Outro resultado positivo foi o aumento do repasse aos municípios, que também vivem grandes desafios no enfrentamento do coronavírus. Até abril de 2020 foram repassados R$ 902 milhões aos entes municipais. Já em 2021, esse valor subiu para R$ 1,009 bilhão, o que representa R$ 107 milhões a mais, uma variação de 12%.
Em virtude dos esforços para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado, também houve significativo aumento no investimento em saúde por parte do Governo do Estado. Até abril de 2020 foram investidos R$ 970 milhões no setor, e em 2021, no mesmo período de comparação, já somam mais de R$ 1,07 bilhão investidos na saúde.
“A despeito da pandemia, que teve um grande impacto sobre o setor econômico, o estado vem conseguindo realizar uma gestão fiscal que permite o enfrentamento da crise sem precedentes que atravessamos. Conseguimos garantir não apenas o funcionamento dos serviços públicos e o pagamento em dia dos servidores públicos, num momento de maior investimento na saúde, como também o adiantamento do 13º salário, que ajuda a movimentar a economia local”, declarou o secretário, que prevê ainda que o estado atinja, já no ano que vem, o índice Capag A, que analisa a capacidade de pagamento dos estados pelo Tesouro Nacional.