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Em jogo com expulsões, frango, golaço e pênalti no fim, Vasco empata com o Bangu e deixa a liderança do Carioca

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Time de São Januário esteve à frente do placar por duas vezes, mas permitiu o empate em falhas

Uma expulsão logo no início, um frango de Léo Jardim e um pênalti desnecessário de Medel no último minuto determinaram o emocionante empate do Vasco com o Bangu, por 2 a 2, neste domingo, no Mané Garrincha, em Brasília. O resultado tirou o time cruz-maltino da primeira posição da Taça Guanabara, agora ocupada pelo Botafogo (que ainda pode ser ultrapassado nesta noite por Fluminense ou Nova Iguaçu). A equipe banguense marcou o primeiro ponto no campeonato.

Na próxima rodada, o Vasco enfrenta o Nova Iguaçu, em Uberlândia. O Bangu visita o Fluminense no Luso-Brasileiro.

Após o jogo, a SAF do Vasco disse, em nota oficial, que “enviou ofício à FERJ requerendo que o árbitro da partida, Sr. Tarcizo Pinheiro Caetano, nunca mais componha a equipe de arbitragem em jogos do Vasco da Gama SAF, em qualquer função e/ou competição e também esclarecimentos sobre as decisões da arbitragem hoje”.

Em campo pela liderança do Carioca, o Vasco fez cinco minutos de jogo que fazia crer que o gol seria uma questão de tempo. Bola de pé em pé, aproximação da área em bloco e um adversário frágil. A festa no Mané Garrincha já podia começar.

Mas, no futebol, não se pode comemorar com antecedência. Nem mesmo contra um Bangu que perdeu os três primeiros jogos do Carioca e não oferecia qualquer dificuldade. Porém, um lance desestabilizou o Vasco. Aos sete minutos, Jair recebeu diretamente o cartão vermelho após falta dura em Walney. A expulsão gerou muita reclamação e mudou o clima da partida.

O técnico Ramón Díaz foi obrigado a mexer na equipe para recompor o meio-campo, reposicionou alguns jogadores e ainda teve que reorganizar o time após a saída de Paulinho, com fortes dores no joelho direito.

Apesar de ter um jogador a menos, o Vasco não perdeu o domínio da partida. Mas ainda sob a tensão da expulsão, o time demorou a colocar a bola no chão e a apenas jogar futebol. As mexidas começaram a surtir efeito só no fim do primeiro tempo, com algumas chances perdidas por Vegetti.

— Complicou nosso jogo. Não tem como marcar 11 contra 10 — disse o zagueiro João Victor na saída para o intervalo.

João Victor estava certo. Mas Ramón Díaz soube, no vestiário, amenizar a desvantagem. Mais tranquilo e organizado pelos pés de Payet, o Vasco retomou o ímpeto dos primeiros minutos do primeiro tempo e aproveitou os espaços dados pelo Bangu. O time banguense, pela sua posição na tabela, retornou ao segundo tempo acreditando que poderia ser possível fazer frente ao time cruz-maltino pela vantagem numérica. Mas não era.

Em menos de três minutos, Payet, em nova forma, partiu do meio até a intermediária e tocou para Piton na esquerda. O lateral cruzou rasteiro e Praxedes completou para as redes. O gol deu a tranquilidade necessária para o Vasco controlar o jogo.

Mas, de novo, não se canta vitória antes do tempo. Num momento do jogo em que nem Vasco nem Bangu se arriscavam muito, uma jogada pela esquerda de Canela, que passou por Puma Rodríguez e chutou no canto, terminou com um frango de Léo Jardim.

O empate tirava o Vasco da liderança. Por isso, o time teve que se abrir em busca do gol e permitiu ao Bangu chegar novamente perto de Léo Jardim. A virada não saiu por pouco. A bola de Gabryel Freitas ficou no travessão e quicou no chão antes de ser tirada da área. O bom momento do Bangu recebeu um banho de água fria ao Felipe Soares receber o segundo cartão amarelo e ser expulso.

Com tudo igual em campo e no placar, os dois times tentaram o segundo gol. Pelo Vasco, Vegetti perdeu um gol quase sob o travessão. Pelo Bangu, Léo Jardim desta vez salvou a bomba de Cleyton. Até ali o jogo parecia decidido.

Mas a emoção ficou para os acréscimos. O Vasco rondava a área do Bangu, até que Payet pegou a bola para decidir. Ele bateu a falta, recuperou a bola na sequência, chutou a gol, pegou o rebote, driblou dois jogadores do Bangu e fez um golaço. Era o último minuto de jogo e a vitória parecia garantida.

Só parecia. O vilão da vez foi o zagueiro Medel, que fez um pênalti em Gabryel Freitas no lance seguinte. João Maranhão cobrou no alto e definiu o placar: 2 a 2.