O governo federal, pela Polícia Federal e Ibama, destruiu dois aviões e 78 motores de garimpeiros na terra indígena Yanomami, em Roraima, desde o começo do ano. A operação, que teve os dados divulgados nesta quarta-feira (24/1), também apreendeu cinco motobombas e 2.500 litros de combustíveis dos mineradores ilegais.
Além disso, foram confiscadas uma arma de fogo, munições, coletes balísticos e rádios para comunicação.
Em 10 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou os ministros Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente), e Silvio Almeida (Direitos Humanos) para fiscalizar parte do território Yanomami, quase um depois da gestão petista adotar medidas emergenciais para a população local.
Na semana seguinte, a Polícia Federal retomou outra operação, essa para combater os crimes ambientais na terra do povo Yanomami. O esforço já bloqueou e apreendeu cerca de R$ 589 milhões.
Crise
O mês de janeiro lembra um ano desde que o chefe do Executivo visitou Boa Vista (RR) e atribuiu a crise sanitária e humanitária dos Yanomami ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com acusação de genocídio pela condição “desumana” no território. Na época, havia alta em casos de malária e desnutrição, especialmente entre as crianças.Play Video
No começo deste ano, o governo Lula anunciou a presença “permanente” das Forças Armadas e Polícia Federal para monitorar a região. Segundo o ministro Rui Costa, da Casa Civil, as medidas para os Yanomami pararão de ser emergenciais e se tornarão fixas.
Dessa forma, o governo federal implementou um comitê interministerial localizado em Roraima para monitorar e propor novas formas de auxílio à população indígena.