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Mulher presa por tráfico mantém laboratórios e rede de ‘vendedores’ de drogas em Manaus

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laboratórios e rede de 'vendedores' de drogas

Manaus/AM – Rafael Pereira Freitas e Maria Relidiane da Silva foram presos após a polícia desmantelar um laboratório de drogas que funcionava dentro de um apartamento alugado, no bairro Nova Cidade, na zona norte.

Cerca de 10 Kg de drogas, avaliados em R$ 300 mil foram encontrados e apreendidos no local. Segundo a polícia, as investigações indicam que Maria comanda um esquema de venda de drogas na cidade, que conta com vários vendedores em diferentes pontos de Manaus.

Rafael confessou ser um deles e entregou à polícia comprovantes de Pix que mostram que ele chegou a transferir mais de meio milhão de reais para a conta da “fornecedora”.

“O Rafael de livre espontânea vontade nos mostrou os extratos dos pics que ele fazia para ela para comprovar que realmente ele era funcionário dela. E aí, desde o início do ano até o mês de outubro, novembro, havia muito Pix, passando de meio milhão os Pix que ele fazia para ela semanalmente”, diz o delegado Ericson Tavares.

De acordo com Rafael, a mulher costumava lhe entregar de 10 a 30 quilos de drogas por semana e fazia a reposição do material, conforme ele ia vendendo.

“À medida que a droga ia acabando, ele ia pedindo mais ou ela já perguntava se tinha acabado e ia entregando mais. E a informação é de que ela recebe essa droga vindo de algum porto e ela recebe em torno de 200 quilos”, relata o delegado.

A quantidade de droga também fez a polícia descobrir que Maria mantém também outros laboratórios escondidos. “A gente descobriu que não só ele é funcionário dela. Ela possui vários funcionários iguais a ele. Ou seja, pode ter outros tipos de laboratório em outro canto da cidade. Porque é como ela recebe 200 quilos e repassa de 20, 20, 10, ou seja, ela deve ter outros funcionários iguais a ele para estar passando essa droga”.

A mulher nega tudo e chegou a dizer que apenas emprestava a conta para Rafael. Ericson explica que o apartamento onde Rafael foi preso era alugado exclusivamente para servir como  laboratório da droga, embora o homem dormisse algumas vezes lá.

“Ninguém do condomínio tinha a mínima noção de que funcionava um laboratório lá. Nós recebemos a informação há duas semanas (…) Montamos campana, começamos a investigação, percebemos que não morava ninguém nesse apartamento, e que o Rafael ia lá de vez em quando, passava uma noite, passava algumas horas, e saia com o material pra fazer entrega. A gente via ele com sacolas”.

No momento da prisão, além das drogas e de vários produtos químicos para mistura, Rafael estava com uma pistola e 250 munições.

Após confessar o crime, ele indicou o endereço de Maria para os agentes e quando ela chegava em casa, a polícia a abordou e também encontrou com ela uma pistola.

“Fomos até a casa dessa mulher e no momento em que nós estávamos chegando, ela chegou junto, chegou na mesma hora que a gente. Acreditamos que ela se desfez do celular porque ela não estava com o celular. Adentramos na casa dela e fizemos mais um flagrante que ela estava com uma pistola Beretta calibre .22. E aí os dois foram presos por tráfico, associação para o tráfico e posse legal de arma de fogo. Um de uso restrito e ela de uso permitido”, destaca.

As investigações em torno do caso vão continuar para identificar e prender outros vendedores de Maria e descobrir como a droga chega nas mãos dela.