A CBF lançou nessa sexta-feira as novas diretrizes técnicas operacionais para a realização de competições em 2021 – o documento trata principalmente do retorno do Campeonato Brasileiro, nas séries A e B, que recomeçam neste fim de semana.
A segunda edição do Guia médico de sugestões protetivas para o retorno às atividades do futebol brasileiro, nome do documento, não trata de retorno de público e faz a ressalva: “até eventual alteração formal desta condição pela CBF”.
Recentemente, o presidente da Comissão Nacional de Médicos da CBF, Jorge Pagura, considerou a possibilidade de retornar com o público nos estádios em setembro. Mas alertou que vai depender de variáveis e acompanhamento periódico das condições de segurança sanitária – além, claro de entendimento com órgãos públicos.
Em país que tem dificuldade de vacinação em massa contra Covid-19 da população, a CBF faz “recomendação especial” pela vacinação contra o vírus da Influenza, da gripe, a cargo dos clubes. A recomendação vale para atletas, comissão técnica, estafe, funcionários e dirigentes.
Para o caso de atletas já vacinados – o que é possível de acontecer pelos clubes que jogam competições sul-americanas e receberam doses de vacina da Conmebol -, haverá “carência” de seis meses sem testes de Covid-19. Estes vacinados deverão apresentar certificado de vacinação do Sistema Único de Saúde.
A CBF reforça que todos cuidados – máscaras, distanciamento social e higienização das mãos – devem seguir sendo respeitados pelos vacinados – o “Certificado Imunológico Temporário”, válido por seis meses, serve também para casos positivos detectados em RT-PCR há mais de 10 dias. Caso a pessoa apresente sintomas de Covid-19, os testes devem ser novamente realizados.
Mais testes e fiscal sanitário
As novas diretrizes, assinadas por 10 médicos da comissão médica especial, determinam a extensão de testes RT-PCR para integrantes da comissão técnica inscritos na súmula do jogo – em total de sete pessoas em cada equipe, além de jogadores, treinadores e árbitros.
Houve aumento também da circulação de pessoas em estádios. Se em 2020, havia limite previsto de 300 pessoas por partida em jogos da série A, por exemplo, neste ano aumentou para 362 pessoas – a delegação de clubes passou de 84 nomes para 100. Entre profissionais de imprensa este número saiu de 90 para 136 pessoas.
Outra novidade é a criação do cargo de Fiscal Sanitário. Esta pessoa deverá realizar inspeções em hotéis das equipes e também na estrutura destinada a equipes nos estádios.
O Fiscal Sanitário deve averiguar ainda:
- Alvará sanitário
- Utilização de máscaras por todos os funcionários dos hotéis
- Condições dos locais de refeição
- Disponibilidade de dispensers de álcool em gel a 70% em locais estratégicos
- Inquéritos epidemiológicos nos funcionários dos hotéis com maior proximidade de contato com os integrantes da delegação
- Chegada das delegações no estádio
- Utilização de máscaras dentro da área sensível do jogo
- Proibição do cumprimento com contato entre atletas, integrantes das comissões técnicas e árbitros
- Verificação do cumprimento do protocolo nas zonas sensíveis do jogo
- Averiguação da presença de pelo menos 1 médico em cada banco de reservas