A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, além dos presidentes do Ibama, Rodrigo Agostinho, e do ICMBio, Mauro Pires, falaram, nesta sexta-feira, 13, sobre as medidas imediatas para combater os incêndios florestais no Amazonas. Marina Silva afirmou que mais 100 brigadistas serão enviados para o Estado, totalizando, aproximadamente, 300 pessoas no combate às queimadas na região.
Também foi anunciado que o governo Lula deverá apresentar novas Medidas Provisórias para conseguir recursos para atender os Estados de Santa Catarina, que sofre com inundações, e o Amazonas, que passa por uma estiagem extrema.
“O governo federal tem siso rápido e o Estado declarando emergência, o reconhecimento é, praticamente, no dia seguinte. Em seguida, há todo um esforço para que os planos de trabalho sejam apresentados”,
afirmou a ministra.
Marina Silva explicou, ainda, que o Ministério do Meio Ambiente tem trabalhado juntos na frente de emergência dupla em todo o país.
“Estamos focados em relação aos eventos que estão ocorrendo no Brasil, mais particularmente aqui no Amazonas e as consequências desse evento extremo que é uma junção de mudança do clima com o El Niño, provocando seca nos rios e uma série de consequências de natureza econômica social e ambiental. O mesmo está acontecendo em relação às enchentes, mas estamos focados no Amazonas”,
explicou.
A ministra informou, ainda, que mais de 3 mil brigadistas atuam no combate aos incêndios florestais.
“Estamos ajudando os estados e queremos estar com todo o nosso efetivo nas áreas que mais precisam com quase 200 brigadistas no Amazonas e remanejando mais 100 e serão mais de 300 que ficarão a disposição desse estado”,
prometeu.
Marina Silva afirmou que até o momento foram registrados 1.664 focos de calor em torno de Manaus, depois vem Autazes com 141 e Careiro com 110. A ministra ainda anunciou que serão distribuídos os kits do governo do estado que devem chegar hoje ou amanhã.
Criticas a Bolsonaro
O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, falou sobre recursos financeiros e criticou indiretamente o governo Bolsonaro, que segundo ele, não teria deixado recursos suficientes para este ano para combater essa situação de emergência.
”Se pegarmos o PLOA de 2023, que o governo anterior mandou, tinha R$ 25 mil. Se o governo Lula não aprovasse a PEC da Transição como estaríamos respondendo? De lá pra cá, temos vivido o primeiro semestre com grandes cheias no Norte do Brasil na Amazônia e no Sul estiagem. Agora, inverteu com as mudanças climáticas, o aquecimento global e o El Niño, com estiagem no Norte e fortes chuvas no Sul. Praticamente 60 municípios devem decretar situação de emergência no Amazonas e no Acre 22 e Rondônia começa também. A situação na Amazônia é desafiadora. As pessoas não imaginam que para chegar em Tabatinga leva 12 dias para levar comida”,
afirmou.
Ele afirmou ainda que a estiagem ainda deve demorar por mais de um mês e que levarão comida para Tabatinga por helicópteros.