O Flamengo espera anunciar nesta segunda-feira o acordo final com o técnico Tite para que ele comande a equipe a partir desta semana, no Ninho do Urubu.
Após alguns dias de conversas e o sinal verde do treinador para assumir de imediato, as partes entraram na etapa mais complicada das negociações: a financeira.
Neste domingo, o cenário clareou, e há otimismo para um anúncio oficial nesta segunda-feira, com assinatura de contrato pelo treinador e a superação dos últimos detalhes burocráticos.
O elenco estará de folga e se apresenta para os treinamentos na terça.
Segundo o colunista de O GLOBO, Lauro Jardim, o vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, esteve com Tite neste domingo e acertou os últimos detalhes da contratação.
Tite topou assinar até o fim de 2024, quando acaba o mandato do presidente Rodolfo Landim, e também já está acertado que com ele chegariam ao clube três auxiliares e um preparador físico.
A conta é alta, mas o rubro-negro se dispôs a esticar a corda e se aproximar do patamar salarial pago a Jorge Jesus em 2020.
Com Tite, o rubro-negro pretende focar na recuperação no Brasileiro para se classificar para a Libertadores do ano que vem. E, em paralelo, iniciar o projeto 2024, com reformulação do elenco e novas contratações. O clube promete investir pesado — já está em curso uma prospecção de reforços para posições consideradas carentes.
Mas, para isso, o Flamengo deve liberar espaço na folha salarial dispensando jogadores em fim de contrato. Nomes como Rodrigo Caio e Filipe Luís estão praticamente descartados, mesmo tendo boa relação com o novo técnico. Outros atletas que não tiveram o desempenho esperado podem sair, independentemente da opção do treinador. São os casos do goleiro Santos, do zagueiro David Luiz e do lateral Varela.
A chegada de Tite pode pesar na permanência de Éverton Ribeiro, que com 34 anos também vive fim de ciclo no clube. Já Bruno Henrique, mais um que tem contrato chegando ao fim em dezembro e está sendo assediado por outros clubes, é prioridade para diretoria e técnico.
A reformulação, até agora, não impactou na estrutura organizacional do futebol do rubro-negro, apesar das críticas dentro e fora do clube às atuações do vice de futebol Marcos Braz, do diretor Bruno Spindel e dos profissionais que são responsáveis pelo dia a dia no Ninho.