A decisão da CBF de cortar o atacante Antony dos jogos contra Peru e Bolívia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, que acontecem nesta sexta-feira e na próxima terça-feira, passou diretamente pelo técnico Fernando Diniz. Apesar de interino, ele teve voz ativa na condução do caso. O parecer dado ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi de que desconvocar o jogador seria a melhor decisão neste momento.
Antony foi denunciado à Justiça pela ex-namorada, a DJ Gabriela Cavallin, que registrou em junho um boletim de ocorrência contra o jogador por violência doméstica, ameaça e lesão corporal, além de solicitar medida protetiva. Na última sexta-feira, ela procurou a polícia de Manchester para registrar a denúncia também na Inglaterra, onde teria acontecido o último caso agressão. O jogador diz que as acusações são falsas.
A direção da CBF elaborou, em conjunto com Diniz, a nota oficial da desconvocação em que se mostra preocupada com a suposta vítima. Entretanto, o treinador também tinha preocupação direcionada ao atacante. Assim como no caso de Paquetá, entendeu que Antony ficaria exposto pelo caso a partir do momento em que se apresentasse à seleção. Com a investigação em curso na Inglaterra e também em São Paulo, seriam dez dias de treinamento e dois jogos importantes com o foco sobre a vida pessoal do jogador. Por isso, a decisão do corte.
Desta forma, Antony sequer se apresenta, como estava previsto, na noite desta segunda-feira. E assim a CBF evita a exposição não só do atleta, como de toda a seleção brasileira. Esta já era uma preocupação de Antony e seu estafe. Mesmo confiante em sua inocência, o atacante e seus representantes entendiam que a repercussão do caso deveria levar ao corte.