A vitória no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil fez o Flamengo manter a convicção de que não será necessário priorizar nenhuma competição para buscar títulos na atual temporada. Mesmo com jogos decisivos da Libertadores, duelos difíceis pelo Brasileiro e a partida de volta contra o Grêmio no próximo mês, a ordem da diretoria é pensar sempre no próximo compromisso, e para ele disponibilizar o que de mais forte houver à disposição.
Depois do duelo de sábado diante do Atlético-MG, fora de casa, quando o técnico Jorge Sampaoli pode mandar uma equipe alternativa, o Flamengo iniciará as oitavas de final da Libertadores diante do Olímpia, com o primeiro jogo no Maracanã e o segundo no Paraguai. O mês de agosto e o começo de setembro reservam ainda jogos complicados contra São Paulo, Inter e o líder Botafogo pelo Brasileirão.
— A gente não escolhe campeonato nenhum. Sempre respeitamos todas as equipes. Sempre vamos dar a vida em todos os jogos. O Brasileirão é muito difícil. Estamos em terceiro, estamos brigando e esperando as equipes acima darem uma escorregada para a gente poder aproveitar – afirmou Thiago Maia, antes de a delegação embarcar de Porto Alegre ao Rio e chegar de madrugada. Hoje, haverá o único treino antes de o plantel seguir para Minas Gerais.
O técnico Jorge Sampaoli tem o desafio de repetir no torneio por pontos corridos as atuações confiáveis que o Flamengo exibe nas Copas. Para a partida contra o Atlético-MG, Gerson está de volta. Há possibilidade de Luiz Araújo ou Cebolinha terem nova chance e darem descanso a Bruno Henrique, que atuou por dois jogos seguidos. Gabigol e Pedro tem revezado minutos e não mais atuado juntos.
Na defesa, os desfalques de David Luiz, Ayrton Lucas e Pulgar por lesão devem se manter. Com a permanência de Filipe Luís após excelente apresentação contra o Grêmio, outro que jogou bem é dúvida. Wesley, suspenso para o jogo da volta, pode dar lugara a Varela, que precisa de ritmo de jogo. Na estratégia do treinador, não repetir a escalação torna o Flamengo um elenco homogêneo e com armas específicas de acordo com os adversários. Portanto, há mais de 11 titulares.
— Foi um jogo que a equipe não acelerou e trocou muito passes no campo rival. Dominou o jogo e se defendeu com a bola. A partir de agora temos que encontrar essa forma para jogar sempre desta maneira. E Filipe nos deu a possibilidade de ter uma melhor saída (de bola) — analisou o técnico após a vitória no Sul.