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Praias particulares e mansões de empresários do AM são investigadas no Tarumã-Açu

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Essas estruturas oferecem desde churrasqueiras para churrasco até quartos para descanso, sendo muito utilizadas por moradores locais e turistas para momentos de diversão e lazer.

Amazonas –  A região do Tarumã, em Manaus, tem sido alvo de preocupações ambientais devido às construções de praias particulares em mansões e a proliferação de flutuantes irregulares nas proximidades da Marina do Davi, perto da Ponta Negra.

As decisões judiciais e a ação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu buscam conter essas práticas que ameaçam a sustentabilidade do ecossistema local. Supostamente, uma das mansões investigadas era de propriedade do ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que está a venda, e do dono da rede de supermercados DB, Sandro Pedroso.

Foto: Hariel Fontenelle

A Justiça do Amazonas determinou recentemente a retirada dos flutuantes irregulares do Tarumã, que são estruturas que flutuam sobre as águas e são utilizadas principalmente para fins de lazer. Estima-se que mais de 900 flutuantes estejam em situação irregular nas margens da capital, e apenas 12 deles possuam regularização junto ao Município.

Essas estruturas oferecem desde churrasqueiras para churrasco até quartos para descanso, sendo muito utilizadas por moradores locais e turistas para momentos de diversão e lazer.

A Prefeitura de Manaus iniciou o processo de notificação para a retirada dos flutuantes em junho, mas a situação ainda é preocupante. A Vara do Meio Ambiente do Amazonas determinou, em decisão proferida na última sexta-feira, que três categorias de flutuantes devem ser removidas do rio Tarumã: os destinados ao lazer, recreação ou locação, independente de terem licença ou não; estruturas que funcionam como hotéis, hostels, restaurantes, mercadinhos ou mercearias, sem a devida licença concedida pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH-AM) ou que atuem como bares, independentemente da licença concedida ou não; e, por fim, os flutuantes que atuam como pontões, desde que não possuam licença, bem como garagens flutuantes para barcos, embarcações ou veículos aquáticos que despejem esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não. Além dos flutuantes, outro ponto de preocupação é o crescimento das mansões nas margens do Rio Tarumã-Açu, especialmente em uma área conhecida como “Laguinho do Tarumã”.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu monitora a situação e alerta para os riscos que essas construções representam para a navegação e para o ecossistema local. Segundo o presidente do comitê, Jadson Maciel Gilberto, a construção de praias artificiais e muros sobre a lâmina da bacia pode causar problemas futuros, especialmente para a fauna local, que depende dos ciclos anuais de vazantes e cheias para sua sobrevivência.

Foto: Hariel Fontenelle

O Comitê da Bacia ressalta que é imprescindível que todas as obras nas margens da bacia passem por estudos de impacto ambiental e obtenham as devidas licenças expedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), uma vez que a região é uma Área de Preservação Ambiental (APA).

A fiscalização e investigação das construções em mansões e dos flutuantes irregulares é uma tarefa essencial para preservar o equilíbrio do ecossistema do Rio Tarumã-Açu e garantir sua sustentabilidade para as gerações futuras.

Foto: Hariel Fontenelle

A comunidade e as autoridades ambientais esperam que essas questões sejam tratadas com a devida seriedade e que medidas efetivas sejam tomadas para proteger o meio ambiente e a rica biodiversidade do Rio Tarumã-Açu. O equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental é essencial para garantir o futuro sustentável da região e a qualidade de vida de seus habitantes.

*Com informações portal CM7 Brasil

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