Por Sofia Aguiar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o encontro com o governo e a oposição da Venezuela nesta segunda-feira, 17, foi para tratar sobre a “possibilidade de normalizar a situação” do país vizinho. A reunião ocorreu em Bruxelas, na Bélgica, em meio às críticas que o presidente recebeu após ter defendido a ditadura na Venezuela e falado que o conceito de democracia é relativo.
Além de Lula, participaram do encontro os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, da Colômbia, Gustavo Petro, da França, Emannuel Macron, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e o representante da oposição da Venezuela, Gerardo Blyde.
Durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais nesta manhã, denominada Conversa com o Presidente, o petista fez um panorama da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia (UE), que é realizada até esta terça-feira, 18, em Bruxelas. O presidente afirmou que terá feito, até o final do encontro, cerca de oito reuniões bilaterais. “Concluímos a pauta do Mercosul, já enviamos para os presidentes do Mercosul; não vai ser discutida aqui porque não é a Celac que tem que fazer o acordo, é só o Mercosul”, afirmou na live.
Na fala, Lula citou o esforço de melhorar a imagem do País frente ao mundo. “Com a questão da transição energética que o mundo está atravessando, o Brasil está virando mais importante ainda, porque está todo mundo de olho na Amazônia”, comentou.
O chefe do Executivo regressa ao Brasil nesta quarta-feira, 19. De acordo com ele, durante o trajeto ao País, haverá uma pausa em Cabo Verde para reunião com o presidente da nação, José Maria Neves.
Agenda na Celac
Lula cumpre agenda em Bruxelas para participar da reunião da Celac e União Europeia, iniciada na segunda-feira, 17, e segue nesta terça-feira. Nesta manhã, o presidente participou de café da manhã com lideranças progressistas latino-americanas e europeias. De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, foram discutidos defesa da democracia, combate à desigualdade, promoção do bem-estar social, respeito aos direitos humanos, ações pelo clima e meio ambiente.
Estadão Conteúdo