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‘Colômbia’ suspeito de ser mandante das mortes de Bruno e Dom nega participação no crime em depoimento

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'Colômbia' afirmou que nunca conheceu o indigenista e que a relação com o pescador Amarildo, réu confesso dos assassinatos de Bruno e Dom, era apenas comercial.

A Justiça Federal ouviu, nesta segunda-feira (17), cinco testemunhas de defesa durante a audiência de instrução e julgamento dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. As oitivas devem continuar no dia 20 de julho, quando estão previstos novos depoimentos de outras cinco testemunhas de defesa.

A Justiça analisa se os réus Amarildo da Costa Oliveira, conhecido por “Pelado”; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha” serão levados a júri popular.

Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, e apontado como o mandante das mortes de Bruno e Dom, prestou depoimento, inicialmente, como testemunha no caso e negou participação no crime, ocorrido em junho de 2022 no Vale do Javari, no interior do Amazonas.

‘Colômbia’ afirmou que nunca conheceu o indigenista e que a relação com o pescador Amarildo, réu confesso dos assassinatos de Bruno e Dom, era apenas comercial.

Testemunhas

Além de ‘Colômbia’, outras quatro pessoas foram ouvidas na audiência.

  • Josenete Campos de Freitas (esposa de Amarildo)
  • Eliclei Costa de Oliveira (Irmão de Amarildo)
  • Otávio da Costa de Oliveira (Irmão de Oseney)
  • Laurimar Lopes Alves “Caboco” (Pescador)

Josenete, Eliclei e Otávio afirmaram durante o depoimento que Amarildo teria atirado no indigenista Bruno Pereira sob legitima defesa. Já o pescador Laurimar disse que não viu nada.

Interrogatório dos réus

No dia 27 de julho está marcado o novo interrogatório dos três réus do caso. Ao término da fase, o magistrado deve decidir se os acusados vão ou não a júri popular.

Adiamentos

Os depoimentos começaram em março deste ano, mas problemas técnicos e de internet levaram ao primeiro adiamento.

As sessões foram retomadas em abril, com novos interrogatórios de testemunhas e informantes tanto de acusação quanto de defesa. Após a conclusão da fase e um consenso entre as partes, o juiz determinou que os réus seriam ouvidos no mês seguinte.

Apenas no dia 8 de maio que Amarildo, Jefferson e Oseney falaram pela primeira vez em juízo. Eles estão em presídios federais e foram interrogados por videoconferência.

Amarildo e Jefferson confirmaram a culpa pelos assassinatos conforme já tinham feito à polícia quando foram presos. Oseney continuou negando, mas o inquérito aponta para o envolvimento dele.

Uma semana depois disso, o Tribunal Regional da 1ª Região determinou a anulação dos interrogatórios dos três réus para que testemunhas de defesa indeferidas pudessem ser ouvidas.

Caso

Dom Phillips e Bruno Pereira foram vítimas de uma emboscada quando retornavam em um barco de uma expedição para a coleta de informações do livro que o jornalista britânico escrevia sobre a Amazônia.

De acordo com as investigações Bruno morreu por combater a pesca ilegal no Vale do Javari, no iteriror do Amazonas, e Dom porque estava com ele no momento da emboscada.

*Com informações de Roney Elias, da Rede Amazônica.

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