O Palmeiras adotou a lei do silêncio após a derrota para o São Paulo por 1 a 0 nesta quarta-feira (5) pela ida da Copa do Brasil. Antes mesmo de a bola rolar, a presidente do Alviverde, Leila Pereira, comunicou à imprensa que não aconteceriam as tradicionais entrevistas pós-jogo.
“Não é um protesto contra a CBF nem contra a imprensa. É simplesmente uma proteção para os nossos atletas, pois foi muito dura a mensagem da CBF. Fiquei muito preocupada que prejudicasse o desempenho dos nossos atletas e da nossa comissão”, explicou Leila Pereira na chegada ao Morumbi.
“Achei que seria melhor não falar nada, porque o assunto não seria o jogo de hoje, mas o jogo passado. Isso já passou, e vamos trabalhar mais fortemente para que a arbitragem do Brasil melhore. O futebol brasileiro merece”, completou a mandatária.
A escolha do Palmeiras em não falar aconteceu após o imbróglio que envolveu o clube e a CBF. Após o empate em 2 a 2 contra o Athletico, a entidade acusou o auxiliar João Martins de xenofobia em sua entrevista pós-jogo, após criticar o futebol e a arbitragem brasileira. O Palmeiras então respondeu a nota com o questionamento da Confederação a respeito de diversos erros de arbitragem.
Após o problema, parte da torcida palmeirense foi ao Rio de Janeiro protestar contra a CBF, deixando a situação ainda mais tensa.
“O João agora vai ser julgado pelo STJD. E o árbitro, que cometeu o erro? Vai para a reciclagem, fica três ou quatro jogos fora e volta. E o prejuízo que nós tivemos? Prejuízo esportivo, psicológico, de imagem, financeiro… É muito injusto. Então, a partir de agora, eu vou reclamar, reclamar e reclamar. Vai adiantar alguma coisa? Não sei. Eu faço o que eu posso, e o Abel faz o que pode”,
completou Leila.