Mundo – Teve início nesta terça-feira (4) a primeira fase do julgamento da brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa há três meses por tráfico de drogas na Indonésia. No país asiático, pessoas detidas com entorpecente podem ser condenadas a pena de morte.
A brasileira saiu de Florianópolis e foi detida em janeiro deste ano no aeroporto de Bali, onde ocorre o julgamento. Ela carregava aproximadamente 3 quilos de cocaína. Conforme o advogado Davi Lira da Silva, que atende o caso de Manuela no Brasil, a sessão desta terça durou cerca de 1h30, onde foi feita a leitura da denúncia.
No horário de Brasília, a audiência teve início às 3h30 da madrugada. A diferença de fuso entre os dois países é de 10 horas. Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua.
O advogado afirmou que a defesa está confiante que a Manuela consiga uma pena menor.
“O fundamento do nosso trabalho é este. Apesar de ser um caso difícil, estamos pautados para uma decisão histórica. A equipe conta com investigadores na indonésia, advogados aqui e lá, tradutor. Enfim, um corpo que trabalha em prol deste objetivo”,
afirmou o defensor.
Segundo o advogado, Manuela foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe. A próxima sessão foi marcada para 11 de abril, quando o caso volta a ser discutido no país.
Na próxima fase, ocorrerá a instrução do processo, que serve para colher informações sobre o caso e onde será dado o direito à defesa. Em outro momento, a Justiça dará a sentença. Não há prazo para o fim do processo. Manuela foi indiciada por tráfico de drogasem 27 de janeiro.
Desde que foi presa, ela segue em uma delegacia na região e já conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil no país. O governo federal que acompanha o caso. Ao g1 SC, a Polícia Civil de Santa Catarina não passou detalhes sobre a suposta organização criminosa, mas informou que “todas as investigações são mantidas em sigilo”.
A reportagem também tentou contato com a Polícia Federal, que não retornou ao pedido.
*Com informações do G1*.