Um grupo de criminosos divulgou um vídeo nas redes sociais se identificando como membros da facção responsável pelos ataques que têm ocorrido no Rio Grande do Norte, desde a terça-feira 14. Nas imagens, eles fazem ameaças a policiais e autoridades, trazem uma série de exigências e prometem uma “guerra contra o Estado”.
As autoridades estaduais e o Ministério Público estão investigando o caso para identificar os autores do vídeo. Os criminosos afirmam que a guerra não vai parar enquanto suas exigências não forem aceitas pelo governo.
De máscaras, os criminosos mencionam a dificuldade de progressão dos presos para o regime semiaberto e exigem que membros do sindicato dos agentes penitenciários, servidores do sistema carcerário e do Poder Judiciário sejam investigados.
Eles também citam a penitenciária Rogério Coutinho Madruga, alegando que possui celas superlotadas e condições precárias para os presos. Os criminosos exigem que a unidade seja desativada.
Como resposta aos ataques criminosos, nove presos acusados de liderarem as ações foram transferidos para presídios federais. O governo estadual afirmou que a medida foi uma iniciativa de segurança para conter a crise no Estado. Com essa transferência, já são dez os presos do Rio Grande do Norte em unidades federais, desde o início da crise.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, mais de 250 ataques foram registrados em 48 cidades potiguares, entre os dias 14 e 18 de março.