Durante o pequeno expediente desta segunda-feira (13), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Marcelo Serafim (PSB) acusou o vereador Sassá da Construção Civil (PT) de cometer extorsão à empresas de engenharia em Manaus. A discussão ocorreu após Sassá cobrar assinaturas para Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) em desfavor da empresa Águas de Manaus.
A reação de Marcelo deu-se após Sassá insinuar que alguns parlamentares estariam fazendo vista grossa para o processo de investigação, recusando-se a assinar o requerimento que pede a CPI da Águas de Manaus.
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Em questão de ordem, após pressão de Sassá que, em seu pronunciamento, demonstrando total insatisfação pela falta de engajamento de seus pares, bravateou que a ausência das assinaturas, no ponto de vista dele, “é falta de caráter e compromisso com a população”, Marcelo Serafim, ofendido, usou a tribuna e desferiu várias acusações, incluindo o de extorsão mediante a favorecimentos.
“Vossas excelências me conhecem: muitos divergem de mim, mas sem caráter eu não sou. Não fui eu que foi a uma empresa para extorqui-la; não fui eu que foi na empresa negociar para fazer obras com empresas ligadas à mim. Vossa excelência lave a sua boca. Todos aqui conhecem o vosso modus operandi”, disparou Marcelo Serafim.
Ainda de acordo com Marcelo, o vereador Sassá, que tinha treze assinaturas no requerimento, teria afirmado que, num momento passado, rasgou o papel da CPI e que agora, de forma ‘leviana’, retomou as discussões insinuando que os colegas não querem assinar o documento. Por esse motivo, sentiu a necessidade de fazer uso da palavra.
Quebra de Regimento
O pronunciamento de Marcelo foi desaprovado por alguns parlamentares. O vereador Gilmar Nascimento (União Brasil) lembrou ao presidente da CMM, vereador Caio André (PSC), a necessidade de seguir o regimento para manter a ordem e credibilidade da casa.
CPI Águas de Manaus
Sassá da Construção Civil é autor da proposta que foi lançada em agosto de 2021. Até dezembro, no fim dos trabalhos legislativos de 2022, a propositura contava com 13 assinaturas, faltando apenas uma para atingir um terço dos parlamentares necessários. Com a troca de vereadores, agora, a proposta depende de duas assinaturas para ser implementada.
*Com informações CM7