Menu

Habeas corpus de Pazuello ‘muda muito’ o resultado da sessão, diz Omar Aziz

WhatsApp
Facebook
Telegram
X
LinkedIn
Email

O presidente da CPI da Covid-19 Omar Aziz afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN nesta segunda-feira (17), que o habeas corpus obtido pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid-19 “muda muito” o resultado da sessão. Ele lembrou que o militar foi a pessoa que passou mais tempo no comando da pasta durante a pandemia, mas não vai falar tudo que sabe.

Omar Aziz chegou a listar uma série de problemas que teriam ocorrido na gestão Pazuello. O senador destacou que o Ministério da Saúde estava sob o comando do general quando chegou o primeiro documento da Pfizer oferecendo vacinas ao Brasil e também citou o fato de Pazuello ter ido ao Amazonas e falado em protocolo de prevenção e ‘kit covid’. “Uma série de coisas ocorreram sob gestão dele que, infelizmente, a gente não vai ter como saber”, disse. O parlamentar criticou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, em relação ao habeas corpus e lembrou que a Corte foi responsável pela instalação da CPI.

Questionado sobre o motivo de não ter dado ordem de prisão ao ex-secretário de comunicação do governo Fabio Wajngarten, Omar Aziz destacou que todos que passaram pela CPI, com exceção do presidente da Anvisa e do executivo da Pfizer, omitiram informações. “Temos que ter um pouco de equilíbrio e não colocar tudo a perder”, defendeu. O senador afirmou que a prisão de Fabio Wajngarten não traria “nem a Justiça e nem a verdade”.

O presidente da CPI da Covid-19 no Senado afirmou que tem certeza de que o decreto para incluir a doença na bula da cloroquina foi escrito por um especialista. Na avaliação dele, a ideia foi defendida para o presidente Jair Bolsonaro por pessoas que têm conhecimento da área.

O senador também disse que a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, doutora Mayra Pinheiro, defendeu abertamente o uso do kit covid no Amazonas. O pacote incluía medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus. Mayra entrou com pedido no STF para ficar em silêncio na Comissão. O depoimento dela está marcado para a quinta-feira.