A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), intensifica ações de educação sanitária visando ao combate e erradicação dos focos de monilíase na região do Alto Solimões. Equipe da autarquia realizou, na última terça-feira, 17, uma palestra com representantes do setor primário para tratar das ações contra a praga. A reunião ocorreu no Escritório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), no município de Benjamin Constant, e contou com apoio das unidades locais da Adaf e do Idam. Houve participação da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), da Secretaria Municipal de Produção, de presidentes de associações e de produtores rurais.
O gerente de Defesa Vegetal da Adaf (GDV), Sivandro Campos, ressalta o apoio dos coordenadores das unidades locais da Adaf em Tabatinga, Guilherme Pedrosa; de Benjamin Constant, Orney Alencar (Interino) e da unidade local do Idam em Benjamin Constant, Dênis Almeida.
A monilíase é uma doença devastadora que afeta vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas e elevação de custos da produção. A detecção do primeiro foco, no Amazonas, foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no ano passado. No dia 29 de novembro, uma equipe de emergência começou a percorrer a região para mapear as propriedades com plantio de cacau ou cupuaçu, ambos frutos hospedeiros da praga quarentenária, e assim delimitar a expansão da doença.
Focos pontuais da doença foram identificados em plantações não comerciais de cupuaçu e cacau nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga. O Mapa publicou uma portaria proibindo o trânsito de vegetais hospedeiros desses municípios para o restante do país e, em seguida, a Adaf elaborou uma portaria complementar, restringindo a circulação de frutos dessas localidades também para os demais municípios amazonenses.
*Itacoatiara*
Os focos da monilíase identificados, no fim do ano passado, na Região do Alto Solimões, foram tema de uma reunião de alerta promovida pela Secretaria Municipal de Produção, Abastecimento e Políticas Fundiárias de Itacoatiara, com participação da Adaf, nesta terça-feira (17). O município de Itacoatiara não tem focos de monilíase, mas a presença da praga no Alto Solimões inspira preocupação nos produtores e autoridades.
O auditor fiscal federal agropecuário Rodrigo Serpa abordou a sintomatologia da praga e medidas preventivas a serem tomadas pelos produtores, a fim de resguardar a sanidade das culturas de cacau e cupuaçu, que podem ser destruídas pela monilíase, gerando alto prejuízo econômico.
O engenheiro agrônomo Claudio Gurgel ressaltou as atividades que a Adaf vem desempenhando em apoio ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o combate ao foco, bem como as demais ações que deverão ser tomadas para evitar a dispersão da praga no Estado. “Vamos promover treinamento para os servidores, intensificar a educação sanitária e realizar monitoramento da praga nos municípios não afetados”, explicou.
A reunião realizada em Itacoatiara contou com a participação de representantes de diversos órgãos e setores, como o Idam, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Federal do Amazonas (Ifam), bancos e cooperativas de crédito, além de produtores e profissionais do setor primário.
*Foto:* Divulgação/Adaf