Em uma Copa do Mundo marcada por campanhas aquém do esperado, a França se mostra precavida para a partida desta quarta-feira (14), às 16 horas (de Brasília), no estádio Al Bayt. Os atuais campeões mundiais precisam eliminar a última zebra da competição, a sensação Marrocos, para alcançar a final pela segunda vez consecutiva.
Quem avançar do confronto enfrentará a Argentina, que eliminou a Croácia na última terça, no Lusail, com um show de Lionel Messi. A grande decisão acontece no domingo, também no Lusail.
Os franceses vão a campo com a melhor geração do seu futebol. Do goleiro Hugo Lloris ao ponta-esquerda, e que ponta-esquerda, Kylian Mbappé, o time é completo apesar dos inúmeros desfalques que sofreu antes e durante a sua chegada ao Catar. O técnico Didier Deschamps montou mais uma vez um time sólido, muito sólido defensivamente e letal no ataque.
A preocupação com o adversário é tanta que até mesmo o zagueiro Raphael Varane se viu obrigado a responder inúmeras questões sobre a forma do adversário jogar, na entrevista oficial da véspera do jogo.
“Eles escrevendo história no futebol marroquino. Tem um grande espírito de time, o que dá a eles muita confiança”, começou Varane. “Eles têm fortes contra-ataques, com boas ações individuais. Não estão aqui por sorte. Então, esperamos um jogo difícil.”
A primeira seleção africana a chegar em uma semifinal na história da Copa do Mundo sofreu apenas um gol até aqui (0 a 0 contra a Croácia, 2 a 0 sobre a Bélgica, 2 a 1 diante do Canadá, classificação nos pênaltis após empate sem gols com a Espanha e 1 a 0 frente Portugal). Se o futebol não é propriamente o mais encantador, ao menos tem dado resultado.
O técnico Walid Regragui reconhece a superioridade do adversário, mas acredita que a sua equipe deverá fazer o seu próprio jogo. Atuar da maneira que sabe seria o grande trunfo para quem sabe até surpreender um grande adversário.
“Se chegamos na semifinal da Copa do Mundo é porque os jogadores estão com fome. Sabemos que não somos os favoritos, mas que é possível. Queremos ir além nesse campeonato, não estamos cansados. Desde o começo do torneio dizem isso, mas não dá para dizer isso estando nós nas semifinais, então ainda temos fome”, disse Regragui, na entrevista oficial.
No último treino, Deschamps escondeu o zagueiro Upamecano e o volante Rabiot. Não se sabe o real estado físico dos atletas, titulares até aqui. A tendência é que os Bleus comecem a partida com: Lloris; Koundé, Varane, Upamecano (Konaté) e Theo Hernández; Tchouaméni, Rabiot (Fofana) e Griezmann; Dembélé, Mbappé e Giroud.
Do outro lado, a expectativa é de uma equipe com Bono; Hakimi, El Yamiq, Aguerd, Mazraoui; Ounahi, Amrabat, Amallah; Ziyech, En-Nesyri, Boufal.