Com autoridade e uma goleada sem questionamentos, o Brasil está nas quartas-de-final da Copa do Catar. Entre os oito melhores do mundo.
Vai disputar uma vaga para a semifinal com a Croácia, na sexta-feira.
Com muito talento, a Seleção não tomou conhecimento da Coreia do Sul, que havia eliminado o Uruguai da fase de grupos. 4 a 1 foi até um placar muito modesto.
Raphinha e Richarlison foram os grandes destaques do time de Tite, desmontando o sistema defensivo oriental.
Com a volta de Neymar, a Seleção mostrou muita consciência para se aproveitar
Duas excelentes notícias para Tite, antes mesmo de o jogo contra a Coreia do Sul começar. O treinador tinha Neymar pronto, sem dores, disposto a recuperar o tempo perdido. Os dez dias que levou para se recuperar. E as partidas contra Suíça e Camarões, que desperdiçou
A segunda veio do possível confronto pelas quartas, contra a Croácia. O time europeu, atual vice campeã da Copa do Mundo, se desgastou ao máximo para eliminar o Japão. 90 minutos, mais 30 de prorrogação. A classificação só veio nos pênaltis.
Ou seja, os croatas serão um adversário cansado, desgastado, na sexta-feira, pelas quartas. Com a partida acontecendo às 16 horas daqui de Doha, no calor abafado, seco, do Catar.
O jogo contra os sul-coreanos começou da melhor maneira possível. O time brasileiro estava muito confiante, porque sabia da superioridade técnica. A vitória por 5 a 1, no amistoso, em Seul, não havia sido por acaso.
O técnico da Coreia, o português Paulo Bento, havia dito que não teria ‘nada a perder’ contra o Brasil. Ou seja, só a ganhar. Se sua seleção perdesse, não significaria nada no contexto geral.
Bento buscou montar duas linhas móveis de de quatro jogadores, para tentar travar as intermediárias. Só que quando a bola chegava nas laterais, Rafinha e Vinicius Junior levavam vantagem sobre Jin-Su e Moon-Hwan. Laterais muito fracos. E respeitosos. Evitavam ao máximo as faltas.
Tite montou o time de sua maneira tradicional. Mesmo os dois laterais improvisados, Militão na direita e Danilo, na esquerda. Casemiro e Lucas Paquetá mais presos. Neymar livre no meio. Raphinha e Vinicius Junior abertos nas pontas e Richarlison na frente, como referência.
Em 12 minutos, a classificação brasileira já estava garantida.
Se aproveitando de todo espaço oferecido pelos ‘gentis’ sul-coreanos que estavam espaçados e não faziam falta, permitindo a fatal troca de bola dos brasileiros, os gols vieram em sequência.
Logo aos seis minutos começou a festa. Raphinha driblou pela direita e cruzou, buscando Neymar, a bola passou por ele. Mas não por Vinicius Junior, que bateu com sangue frio, para o fundo do gol. Brasil 1 a 0.
O gol deu ainda mais confiança para a Seleção. E assustou os coreanos, que seguiram da mesma forma, dando espaços, marcando mal. Além de o jogo brasileiro estar fluindo, ainda ganhou de presente, o segundo gol.
Woo-Young se distraiu. Ao se preparar para dar um chutão, não percebeu a chegada de Richarlison. E o chutou e não a bola. Pênalti. Neymar cobrou com maestria. 2 a 0.
O Brasil percebeu que o frágil sistema defensivo coreano não se alterava. E seguiu se aproveitando. Com a marcação sem cobertura, bastava um dos talentosos atacantes de Tite driblar um coreano que abria a defesa oriental.
Era o pedido de uma goleada. E ela veio. Com participações inesperadas. Richarlison dominou a bola de cabeça. Fez ’embaixadas’ com a testa. E serviu Lucas Paquetá, que tocou para Thiago Silva. Do zagueiro veio o passe perfeito para Richarlison, entre a zaga. O atacante não teve dificuldade em empurrar para as redes, na saída de Seing-Gyiu. 3 a 0, aos 28 minutos.
Até Tite participou da comemoração fazendo a ‘dança do pombo’, que Richarlison celebrou.
Neymar estava visivelmente fazia questão de tocar mais rápido do que o habitual. Para evitar sofrer faltas queprejudicassem seu tornozelo recém-recuperado.
Justiça seja feita, o Brasil jogava muito bem. Consciente, trocando passes, driblando, envolvendo a Coreia. Raphinha e Richarlison desequilibravam a partida.
Mas viria outro gol, ainda no primeiro tempo.
Aos 35 minutos, Neymar descobriu Vinicius Junior que cruzou com perfeição para Lucas Paquetá ajeitar o corpo e fazer de pé direito. 4 a 0.
No segundo tempo, o Brasil diminuiu o ritmo. Sábia decisão porque já tinha a vaga para as quartas. Não havia motivos para um desgaste além do necessário.
Daniel Alves entrou no lugar de Militão. Tite ainda poupou Danilo e Vinicius Junior. Com Bremer improvisado na esquerda e a entrada de Gabriel Martinelli, melhor reserva da partida contra Camarões.
A Coreia cresceu por conta do jogo decidido. E Alisson ainda fez duas ótimas defesas.
A luta dos orientais foi recompensada aos 30 minutos, quando Casemiro afastou bola levantada para a área. Ela caiu nos pés de Sheung-Ho, que bateu forte. Ela desviou em Thiago Silva e ficou indefensável para Alisson. 4 a 1.
Neymar saiu apenas aos 35 minutos, mostrando estar pronto para os croatas.
O Brasil controlou o jogo, deixou o tempo passar.
E chegará com toda energia na sexta-feira…