O deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) confessou ao Ministério Público Federal (MPF) a prática de rachadinha em seu gabinete na Câmara, no início dos anos 2000. Após isso o ministro Luís Roberto Barroso homologou o acordo na última quinta-feira, 1º, um dia antes da prescrição do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) – o caso estava paralisado graças a um pedido de vista do ministro André Mendonça, quando já havia 5 votos pela condenação do deputado pelo crime de peculato.
Em sua confissão, Câmara reconhece que recebeu indevidamente, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2001, parte dos vencimentos dos assessores parlamentares de seu gabinete. Uma das lideranças da bancada evangélica na Câmara, o parlamentar afirma na confissão por escrito que se arrepende do delito e que a prática da rachadinha cessou em 2001.
“Admito, para fins do disposto no artigo 28-A do Código de Processo Penal, que há mais de duas décadas, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2001, recebi transferências e depósitos feitos por assessores parlamentares nomeados para o Gabinete, após receberem seus respectivos vencimentos, fato do qual me arrependo, tendo encerrado a prática ainda naquele ano de 2001”, disse Silas Câmara.
Pela decisão de Barroso, o parlamentar deixará de responder a uma ação na qual é acusado de peculato por um esquema de “rachadinha” em seu gabinete. Em troca, o deputado terá de pagar uma multa de R$ 242 mil em até 30 dias.
*Com informações AMPOST