A Toyota ainda reluta em apostar todas as suas fichas nos carros elétricos (apesar de já ter uma linha dedicada para eles). Em vez disso, a gigante japonesa vai à contramão da indústria automobilística e prefere tirar o máximo proveito do seu sistema de célula de combustível de hidrogênio, que fez sucesso no Mirai.
A montadora acaba de anunciar que firmou um acordo com o governo britânico e quatro empresas para financiar o desenvolvimento de um novo carro com essa mesma tecnologia. O modelo escolhido foi a picape Hilux.
Segundo o comunicado de imprensa da Toyota, os parceiros vão “apoiar a integração técnica dos componentes da célula de combustível no chassis da Hilux” com soluções de gerenciamento térmico, experiência em termodinâmica, além de ajudar com as classificações de segurança contra colisões.
A Toyota solicitou o financiamento há um ano. Os fundos cobrirão o desenvolvimento do veículo usando componentes de célula de combustível de segunda geração, os mesmo usados no último Mirai. O projeto é liderado pela Toyota Motor Manufacturing UK (TMUK).
A empresa acredita que o hidrogênio pode ser a chave para descarbonizar os setores de transporte onde os veículos elétricos ainda não se encaixaram por falta de infraestrutura. Os primeiros protótipos da Hilux movida a hidrogênio ficarão prontos para testes ao longo de 2023.
Bicicleta com célula de hidrogênio?
Além dos carros, outra solução sustentável de mobilidade urbana surgiu em 2007: as bikes movidas a hidrogênio, uma espécie de veículo híbrido que fica no meio do caminho entre uma motocicleta e uma bicicleta.
Mais de uma década depois, a francesa Pragma Mobility tenta reviver a ideia. Um dos seus projetos mais recentes é a Alpha, uma bicicleta que, segundo a fabricante, oferece cerca de três vezes o alcance médio de uma e-bike.
Imagem principal: Toyota/Divulgação