Após a identificação de um foco de monilíase do cacaueiro no município de Tabatinga, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou todo o Estado do Amazonas área de quarentena para a praga Moniliophthora roreri. A medida, publicada na portaria SDA nº 703, de 21 de novembro, proíbe o trânsito de materiais vegetais das espécies hospedeiras para as demais unidades da federação até que seja declarada a erradicação dos focos confirmados da praga.
A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf) vai realizar o mapeamento da área onde a monilíase foi detectada, para desenhar o perímetro atingido pela praga e as medidas de contenção a serem adotadas na região.
Além do Amazonas, a portaria do Mapa declara sob quarentena os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, no Acre.
A monilíase é uma doença devastadora que afeta vegetais dos gêneros Theobroma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, causando perdas e elevação de custos da produção.
“Desde que teve conhecimento da suspeita do foco, depois confirmada por meio de análise laboratorial, a Adaf vem atuando de forma conjunta com a Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas, por meio de uma força-tarefa montada para controlar o trânsito de cacau e cupuaçu e delimitar a área da praga”, destaca o diretor-presidente da agência, Alexandre Araújo.
O gerente de Defesa Vegetal da Adaf, Sivandro Campos, ressalta que a força-tarefa vai realizar ações de educação sanitária com o objetivo de conscientizar a sociedade a respeito do tema.