A oposição ao prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), na Câmara Municipal de Manaus (CMM) cresceu após as eleições estaduais deste ano. Se até outubro apenas Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes (Republicanos) eram vozes contrárias ao chefe do Executivo no parlamento municipal, atualmente pelo menos sete vereadores têm demonstrado nas recentes votações estarem combativos ao mandatário do município: Capitão Carpê Andrade (Republicanos), Bessa (Solidariedade), Raiff Matos (DC), William Alemão (Cidadania) e Yomara Lins (PRTB).
A mudança de perfil começou no início das convenções partidárias e se concretizou após o pleito. Fontes ouvidas pelo BLOG DO BOTELHO dão conta de que a decisão de David de lançar o irmão, Daniel Almeida (Avante), como candidato a deputado estadual não agradou os parlamentares. Muitos deles foram também postulantes a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e não puderem se utilizar da imagem do prefeito em suas campanhas.
“Muitos ficaram puto. A verdade é essa. Ainda tem alguns chateados, mas foram chamados para conversar. Outros decidiram mesmo ir para oposição”, disse um parlamentar.
Reeleição
Passado o pleito, outro episódio que estremeceu a relação do prefeito com os vereadores da base foi a possibilidade de uma manobra para reconduzir David Reis (Avante) à presidência da CMM. Para isso, seria preciso alterar a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Casa, que proíbem dois mandatos consecutivos na mesma legislatura.
Termômetro
Um termômetro para “aferir” essa nova configuração da CMM foi na sessão desta segunda-feira (7), quando os vereadores apreciaram uma moção de repúdio ao prefeito por conta de falas proferidas contra um jornalista durante uma coletiva de imprensa.
O requerimento, de autoria de Raiff Matos, não foi aprovado, mas teve voto favorável de nove parlamentares: o próprio autor do documento, Amom Mandel (Podemos), Yomara Lins (PRTB), Rodrigo Guedes (Republicanos), Capitão Carpê (Republicanos), William Alemão (Cidadania), Caio André (PSC), Lissandro Breval (Avante) e Elissandro Bessa (Solidariedade).
Marcelo Serafim (Avante), a professora Jacqueline (União Brasil) e Rosinaldo Bual (PMN), não estavam presentes e, portanto, não votaram
Fonte: Blog do Thiago Botelho
