Eleito presidente com 50,90% dos votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 77 anos, assume a partir de 1º de janeiro de 2023 seu terceiro mandato como presidente da República, 12 anos depois de deixar o cargo. Seu vice é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB)
Sem plano de governo
No registro da candidatura no TSE, a equipe do então candidato apresentou um plano de governo com diretrizes genéricas sobre temas diversos que norteariam o futuro mandato.
O documento trazia poucos números e não se aprofundava em dados, como a indicação de fontes de financiamento para os programas que o novo presidente prometeu implantar.
Lula foi eleito sem ter um plano de governo definido e sem dizer quem seriam seus futuros ministros.
Economia
O petista também foi cobrado, ao longo da campanha, a indicar quem comporia sua futura equipe, em especial no Ministério da Economia, para sinalizar de forma mais clara a política econômica que pretendia adotar, mas optou por não anunciar qualquer nome.
Apesar disso, com base no plano de diretrizes e em uma série de declarações públicas feitas por Lula em reuniões, comícios, entrevistas, redes sociais e nas propagandas eleitorais de rádio e TV, é possível ter uma ideia de o que esperar do novo governo em algumas áreas.
Com a revogação do teto de gastos, principal âncora fiscal do País, criada no governo de Michel Temer (MDB), em 2016, o fim das privatizações e o aumento da máquina pública. Pode ser esperar o aumento de gastos
Novos ministérios
Nos bastidores é dado como certo a criação pelo presidente eleito de 13 novos ministérios.
Provavelmente para Lula pagar a fatura política dos novos apoiadores que o ajudaram na eleição. Assim, dos atuais 23 ministérios do governo Jair Bolsonaro (PL), na gestão do petista haverá aumento para 36 ministérios. Haja dinheiro e será pago obviamente pelo contribuinte.
Desmembramento e recriação
Lula desmembrará o Ministério da Economia, e a ideia é rebatizá-lo como Fazenda. Com a divisão, serão recriados Planejamento e Gestão, além de Indústria e Comércio. O Ministério da Justiça, que, se tudo correr como o roteiro previsto, será separado de Segurança Pública.
O novo governo terá ainda o Ministério dos Povos Originários e Pequena e Média Empresas e há projetos para recriar os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Cultura, Cidades, Igualdade Racial, Pesca, Previdência, Direitos Humanos e Mulheres.
Retrocesso
Um verdadeiro retrocesso, pautado pelo inchaço da máquina pública e a volta dos famosos cabides de emprego. O uso do Estado para acomodar apadrinhados políticos e militantes do partido dos trabalhadores.
E sabe quem vai pagar essa conta?
Você que votou no Lula e também você que não votou.
Democracia que fala né?
Políticos
Em entrevista Lula ainda afirmou que seus ministérios serão políticos e não técnicos.
“Não quero governo burocrata, só com técnicos. Se técnicos resolvessem, ia à USP (Universidade de São Paulo) e buscava técnicos. Ou ia a Harvard (EUA). Quem tem que dirigir é a política. Todos os meus ministros vão ter que ter cabeça política boa.”, afirmou Lula.
Fonte: Direto ao Ponto News