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Defesa diz que Bolsonaro não podia “controlar animal daquele tamanho”

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Bolsonaro é alvo de inquérito que o investiga por supostamente ter importunado uma baleia em São Sebastião, litoral norte de SP, em 2023

São Paulo – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) argumentou à Polícia Federal (PF) que o ex-presidente não sabia que importunação a baleias era crime e que não é possível “controlar um animal daquele tamanho”. Bolsonaro depôs à PF na tarde desta terça-feira (27/2), em inquérito que o investiga por ter se aproximado de jet-ski de uma baleia-jubarte, em São Sebastião, litoral norte paulista, em junho do ano passado.

Bolsonaro deixou a Superintendência da PF na capital paulista por volta das 16h, cerca de duas horas após ter chegado ao local. Ele não se dirigiu à imprensa ou ao pequeno grupo de apoiadores que o aguardava do lado de fora.

O ex-presidente estava acompanhado dos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, Eduardo Kuntz e Fábio Wajngarten – este último também depôs por ter acompanhado Bolsonaro na viagem ao litoral norte paulista.

Diferentemente do que ocorreu em 22 de fevereiro, quando o ex-presidente ficou em silêncio na oitiva sobre suposto plano de golpe de Estado para se manter no poder após a derrota na eleição de 2022, ele respondeu aos questionamentos da PF sobre o caso da baleia.

Segundo Tesser, Bolsonaro não negou que fosse ele em vídeos apresentados pela PF nos quais aparece a cerca de 15 metros de distância de uma baleia-jubarte. Uma portaria do Ibama proíbe aproximações de “qualquer espécie de baleia” com motor ligado a menos de 100 metros de distância, enquanto a lei prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa, quando houver “molestamento intencional” da espécie.

Wajngarten criticou o fato de ter sido intimado a depor e disse que não estava próximo da baleia. Ele acrescentou considerar a intimação uma provocação por “meramente estar ao lado do presidente Bolsonaro em sua defesa”.

“Eu estava distante, estava auxiliando uma embarcação que teve pane de motor, porque o motor aspirou areia e causa estranheza”, disse Wajngarten. A expectativa do advogados é a de que o inquérito seja arquivado.

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