Na última quinta-feira (3), a rua Hibisco, no bairro Grande Vitória, zona Leste de Manaus, foi palco de um ato de revolta protagonizado por populares indignados com a morte de Débora da Silva Alves, de 18 anos, grávida de 8 meses. Gil Romero Batista, proprietário de um bar localizado na região e considerado o principal suspeito do crime, teve seu estabelecimento ser completamente destruído pela multidão enfurecida.
O cenário de destruição foi resultado da Operação Hela, que resultou na prisão de um funcionário do bar conhecido como ‘vulgo nego’. Esse indivíduo, durante a abordagem policial, confessou ter participado da morte da jovem e forneceu informações que levaram as autoridades ao local onde o corpo de Débora teria sido desovado, dentro de um ‘camburão’ no bairro Mauazinho, também na zona Leste de Manaus.
A notícia da morte brutal da jovem e de sua gravidez gerou uma onda de indignação não apenas entre aqueles que a conheciam, mas também naqueles que ficaram chocados com o teor macabro do crime. A revolta foi intensa e rapidamente se espalhou pela comunidade local.
Centenas de moradores se reuniram em frente ao bar de Gil Romero Batista e o vandalismo tomou conta do local. A multidão depredou toda a estrutura do estabelecimento, levando consigo objetos como TVs, caixas de som, geladeiras, freezer e qualquer item encontrado dentro do bar. A fúria chegou ao ponto de usar marretas para destruir partes de concreto do estabelecimento.
As autoridades locais acompanharam o desenrolar dos acontecimentos, mas não conseguiram conter a revolta dos manifestantes. O clima de tensão e tristeza tomou conta do bairro, enquanto a investigação do caso segue em andamento.