Em meio ao debate, o deputado estadual Rozenha (PMB) voltou a questionar a seriedade das empresas contratadas para as obras de conservação e manutenção da rodovia. Para o deputado, fazer contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é um negócio lucrativo para muitos empresários, principalmente na Amazônia.
“A BR-319 se transformou em uma indústria. Ano após ano, são sempre as mesmas empresas que se revezam. Elas já embolsaram, só nos últimos anos, a cifra de R$ 1. 130.000.000,00 (um bilhão, 130 milhões de reais)”,
afirma.
Rozenha explica que a BR-319 possui um caráter social-ecológico de integração da Amazônia com o Brasil. A conclusão da rodovia é importante, acima de tudo, para o brasileiro que vive afastado dos grandes centros. Porém, economicamente, torna-se mais vantajoso para as empresas continuarem com as obras de manutenção.
“Por isso, não é interessante que se resolva definitivamente o problema da BR-319. Temos uma densidade demográfica que só perde para o deserto do Saara. Mas, na hora de fazer a conta da conservação, é como se fosse uma rodovia que passa mil carros por minuto”,
esclarece.
O deputado cita o exemplo a construção das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim. Ele contesta a contratação da empresa STE – Serviços Técnicos de Engenharia S/A para realizar a supervisão nas obras de reconstrução das pontes.
“Nos últimos 10 dias, eu estive no local duas vezes. Não há obra nenhuma. No Rio Curuçá tem duas vigas sendo construídas. Uma empresa gaúcha vai receber 8 milhões de reais para vistoriar uma obra que não existe”.